A interação entre o usuário e o programa de GD sempre foi foco de muitas discussões. Como observa (), em sua avaliação de interfaces de programas de GD, uma das questões mais discutidas no desenvolvimento destes programas é a forma como são efetuados os comandos para a criação e modificação dos objetos geométricos.
Na GD, objetos como retas ou circunferências, são construídos a partir de outros objetos. Por exemplo,
pode-se construir uma circunferência definida pelos pontos
e
, onde
é o centro da circunferência
e o raio de
seja sempre a distância entre
e
. Podemos dizer que o recurso do programa de GD que permite
construir um objeto, por exemplo, a circunferência
, é uma ação e os pontos
e
são os objetos selecionados, sobre os quais a ação é aplicada para produzir
.
Sobre este aspecto, existem duas formas de interação que podemos resumir em: escolher a ação antes (ação+seleção) ou depois (seleção+ação) dos objetos sobre os quais será aplicada. Segundo (), existe uma série de discussões sobre as vantagens e desvantagens de cada solução, sendo a determinação da melhor alternativa um recorrente motivo para pesquisas e debates. O principal motivo destas discussões é o antagonismo entre as implementações dos dois principais programas de GD do mercado, o Cabri, que implementa a ordem ação+seleção, e o GSP que implementa a seleção+ação.
Em geral, visando obter as vantagens de cada um dos dois formatos, os programas de GD lançados mais recentemente, como o Cinderella e o iGeom, adotam o formato livre onde as principais ferramentas de construção funcionam tanto no formato ação+seleção quanto no formato seleção+ação. Esta abordagem permite que o usuário escolha qual é a maneira mais confortável (ou mais rápida) para construir, dependendo da situação.
Deste modo, os programas de GD podem ser classificados quanto à forma de interação em três tipos:
Seiji Isotani 2006-10-04